NAMÍBIA, NÃO!
PEÇA
DIRIGIDA POR LÁZARO RAMOS ABORDA, COM FINA IRONIA,
AS CONTRADIÇÕES DAS RELAÇÕES
HUMANAS ATUAIS.
Espetáculo de larga projeção
na Bahia, Namíbia, Não! tornou-se um sucesso de
público e crítica especializada onde
quer que se apresente. De quando estreou, em março de 2011, até o presente mês,
contabilizou mais de vinte mil espectadores durante as temporadas realizadas em
Salvador e Região Metropolitana.
Em novembro passado, a
montagem conquistou o Rio de Janeiro, onde se apresentou no Teatro Oi Futuro
Ipanema, sensibilizando e divertindo centenas de pessoas, arrancando elogios de
Bárbara Heliodora, a mais temida e respeitada do teatro brasileiro atual.
Patrocinada pela OI, a peça teve leituras dramáticas no II Ciclo Negro Olhar (RJ) e no FIAC (BA), além de ter sido debatido na 1° Mostra de Teatro Negro (SP). Em 2010 o espetáculo ganhou os prêmios Myriam Muniz de Teatro (Funarte) e Fapex de Teatro pela sua dramaturgia, e este ano foi contemplado com o Prêmio Braskem de Teatro, na categoria de Melhor Texto.
Sobre a peça
Escrita
por Aldri Anunciação e dirigida por Lázaro Ramos, Namíbia, não! tem
argumento provocador ao abordar, sem tentar resolver o assunto, uma situação
hipotética: o ano é de 2016 e o Governo brasileiro obrigou que todos os
afrodescendentes regressem imediatamente à África, provocando, em pleno século
XXI, o revés da diáspora vivida pelo povo africano do Brasil escravocrata.
“Queria
propor uma síntese Brasil-África. Refletir sobre esse continente do qual ainda
temos uma imagem estereotipada”, resume o autor, Aldri Anunciação. “Em
menos de cinco meses em cartaz na Bahia, a peça já teve em média 13 mil
espectadores, com algumas apresentações seguidas de debates”.
Situações
inusitadas são discutidas com muito humor e ironia. Os debates enfocam a vida
dos de “melanina acentuada” e assim o público, embora rindo bastante durante a
encenação, é conduzido a ponderar as reflexões lançadas a partir dos diálogos
entre os atores.
Premiações
Namíbia,
Não! traz a reflexão sobre a situação dos afrodescendentes brasileiros, embora trate
mais das relações humanas do que meramente das questões raciais. Agraciado
com 3 prêmios - Braskem 2011 para Aldri Anunciação pelo Melhor Texto,
Myriam Muniz de Teatro (Funarte 2010) e Fapex de Teatro 2010 -, o texto usa
de fina ironia para questionar a identidade brasileira, com 2 personagens em
cena vivendo um labirinto de sensações.
A
montagem é futurista e se passa no Brasil de 2016. Recorre-se ao teatro do
absurdo para discutir assunto sério. "É uma crônica sobre a realidade
do jovem afro-brasileiro", diz Lázaro Ramos, diretor geral do espetáculo.
Namíbia,
Não! pega emprestado os nomes dos geniais engenheiros afrodescendentes do
século XIX, os brasileiros André e Antônio Rebouças, e coloca nos 2
personagens fictícios do século XXI. "Propomos uma síntese bem humorada
sobre a ressignificação estética e ética do termo Melanina Acentuada",
declara Aldri Anunciação, ator e dramaturgo.
Sinopse:
Em
2016, o Governo brasileiro decretou uma Medida Provisória obrigando que todos
os de ‘melanina acentuada’ sejam capturados e enviados imediatamente à África,
provocando, em pleno século XXI, o revés da diáspora vivida pelo povo africano
do Brasil escravocrata. A medida é uma ação de reparação social aos danos
causados pela União. Mas, para não incorrer no crime de “Invasão a Domicílo”,
eles só podem ser capturados na rua. Assim, André e Antônio passam o dia
trancados no apartamento, debatendo as questões sociais e econômicas da vida
atual, seus anseios pessoais e as consequências de um iminente retorno à
África-mãe.
Ficha
técnica:
Autor:
Aldri Anunciação
Elenco:
Flávio Bauraqui e Aldri Anunciação
Direção
geral: Lázaro Ramos
Assistência
de direção: Ana Paula Bouzas, Caio Rodrigo e Thiago Gomes
Direção
musical: Arto Lindsay, Wladimir Pinheiro e Rafael Rocha
Mixagem:
Filipe Pires
Supervisão
artística: Luiz Antonio Pilar
Iluminação:
Jorginho Carvalho
Cenário:
Rodrigo Frota
Figurino:
Diana Moreira
Operação
de som: Roberto Leão
Operação
de luz: Luiz Guimarães
Operação
de vídeo: Thiago Gomes
Contra-regragem: Tarcio Pinheiro e Leonardo
Britto
Administração:
Cardim Projetos e Soluções Integradas
Produção
executiva: Kalik Produções, Maria do Socorro, Terceira Margem e JLM Produções
Artísticas
Coordenação
de produção: Aldri Anunciação
Assessoria
de imprensa: Comunika Press
Realização:
Tô Ligado Produções Ltda
0 comentários:
Postar um comentário